Governo sanciona Orçamento de 2023 com vetos

Dos R$ 4,266 bilhões vetados, R$ 4,18 bilhões eram direcionados ao Fundo

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, nesta terça-feira
(17), a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2023 (Lei 14.535/23). Foram vetados
R$ 4,266 bilhões em despesas propostas, além do provimento de 512 cargos
federais.
A maior parte dos recursos vetados (R$ 4,18 bilhões) iria para o Fundo Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), para ações de fomento de
pesquisa, contratos com organizações sociais e obras. O motivo do veto, segundo
o Executivo, é um descumprimento da proporção entre operações reembolsáveis
e não reembolsáveis, algo que é exigido pela legislação que regulamenta o
FNDCT.
Outros R$ 60 milhões iriam para o Ministério da Economia, para fomento ao
associativismo e ao cooperativismo. O argumento para o veto é que essas áreas
estão sob a competência do Ministério do Trabalho.
O veto também incide sobre verbas destinadas ao Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra) – R$ 15 milhões; ao Fundo Geral de
Turismo (Fungetur) – R$ 8 milhões; e ao Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) –
R$ 250 mil.
Cargos vetados
Lula também vetou a previsão de provimento de 512 cargos, sendo 417 em seis
universidades federais de cinco estados e 95 na Agência Nacional de Mineração
(ANM). Outros 1.829 cargos nas mesmas universidades que seriam criados
também foram vetados.
A justificativa para o veto aos cargos nas universidades é que essa medida
impactaria “significativamente” o planejamento e a gestão do quadro de pessoal
permanente do Executivo.
No caso da ANM, o Planalto lembrou que dispositivos que embasavam aumento
de despesa com pessoal na agência haviam sido vetados em uma lei de 2022.
Pela mesma razão, o presidente Lula vetou a destinação de R$ 59,2 milhões para
reajuste salarial nas carreiras da ANM.
Bolsa Família
O texto sancionado mantém a previsão de pagamento do Bolsa Família de R$ 600
durante todo o ano de 2023, mais um pagamento adicional no valor de R$ 150
mensais por criança de até 6 anos, conforme aprovado pelo Congresso em
dezembro.

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