Simone Tebet: com responsabilidade fiscal vamos colocar o povo no orçamento

Ao tomar posse, a nova ministra ressaltou que a política social será
central no governo, mas com política fiscal responsável.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, toma posse em
cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto.
Exaltando a união da frente democrática para reconstruir o Brasil,
Simone Tebet (MDB) recebeu o cargo de Ministra de Planejamento e
Orçamento do terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
nesta quinta-feira (5), no salão nobre do Palácio do Planalto.

Em seu discurso, contou que recebeu o convite de Lula para chefiar uma
das mais importantes pastas da Esplanada dos Ministérios com surpresa
e contentamento. Primeiro por ser convidada para ser ministra de Estado
do novo governo. E em segundo pela finalidade do cargo que recebeu.
Mesmo tendo “total sinergia com a pauta social e de costumes”, ela sabe
que existem algumas divergências na teoria econômica com o restante
da equipe.
“Achava que havia algum equívoco” e questionou o presidente Lula. Mas
segundo ela, no alto de sua sabedoria, Lula como presidente democrata
que é, não quer governar apenas com os iguais, “quer os diferentes para
se somar, porque é assim que se constrói uma nação soberana, igual,
justa e para todos”, justificou a nova ministra o motivo de ter aceitado o
desafio.
Com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad no palco,
Tebet disse que “o time da economia vai fazer a diferença e vai fazer
com que esse governo dê certo, fazendo as propostas certas para não
faltar o Orçamento para as políticas públicas”, garantiu a ministra.
Tebet classificou a posse de Lula no último domingo como histórica. “Foi
de um alívio reconfortante”, disse. “Onde havia mentiras e divisão entre
os brasileiros, aquele domingo foi um dia da paz, foi o dia de festa, da
festa da democracia. Onde o Brasil se reencontrou com a sua verdadeira
história”, acendeu.
Ela citou “a diferença da democracia de hoje e da barbárie de ontem”.
Defendeu a vida, a diversidade, a sustentabilidade. Disse concordar com
o presidente Lula quando diz ‘que não irá descansar enquanto o Brasil
não tiver devidamente alimentado’.
Em seu discurso, Tebet ressaltou ainda o lema do presidente Lula que o
governo trabalhará com união, pacificação e reconstrução. “O Brasil
voltou ao curso normal de sua história”, avaliou Tebet.
Dizendo que escreveu o seu próprio pronunciamento, a nova ministra
lembrou dos cargos que passou, a sua carreira enquanto servidora
pública e como professora de Direito, dos cargos que disputou, os
mandatos consecutivos que teve, como senadora, deputada federal,
chegando ao terceiro lugar quando disputou à presidência da República
pela primeira vez em 2022.
“Quis o destino que eu participasse dessa parte da história. Ganhei a
consciência de onde eu deveria estar”. A nova ministra julgou assertiva o
reposicionamento do centro democrático político do Brasil.

“Na vida, não se luta apenas para ganhar, mas para construir as
melhores ideias, defender projetos, iluminar caminhos e plantar boas
sementes para que todos nós podemos ter uma colheita coletiva”, disse
Tebet.
Ela afirmou ainda que foi “convencida por todos e, principalmente pelo
presidente Lula de estar aqui”. Exaltou mais uma vez o papel da frente
democrática na vitória presidencial. “Nós não tivemos somente na eleição
com o presidente Lula, nós estamos no governo e somos governo a partir
de agora”.
Povo no orçamento
Tebet reforçou as palavras do presidente Lula quando ele dá a sua
ordem e lança uma missão para que os ministros cumpram a
Constituição. “O que ele quer dizer é que quer ver o povo brasileiro nas
políticas públicas e no orçamento. A ordem que recebi do presidente Lula
é que a Constituição saia das prateleiras frias e dos discursos vazios, e
que nós possamos colocar o povo nos nossos planos de governo”.
Assim como fez a ministra Marina Silva em sua posse, Tebet elogiou o
discurso emblemático do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
“Quero dizer para todas as minorias, vocês existem e são valiosos para
nós!”.
Os pobres estarão propriamente no orçamento público, mulheres e
homens, jovens, idosos, indígenas, LGBTs, os trabalhadores e as
trabalhadoras brasileiras estarão no orçamento. Passou da hora de dar
visibilidade aos invisíveis”, disse ela arrancando aplausos do público
presente.

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