Cuca pede demissão depois da pressão da torcida do Corinthians.

Demissão ocorre depois de protestos no centro de treinamento e
manifesto do elenco feminino. Cuca é o treinador com a passagem mais
curta na história do clube.

Com apenas duas partidas no comando do Corinthians, o técnico Cuca
pede demissão nesta quarta (26). O treinador vinha sofrendo pressão
constante da torcida por ser condenado em um caso de estupro na
Suíça, em 1989.
Cuca é o treinador com a passagem mais breve na história do
Corinthians. Foram seis dias, duas partidas, uma vitória e uma derrota. O
treinador entregou o cargo em breve pronunciamento, após a
classificação  do Corinthians nos pênaltis.
“Eu não esperava essa avalanche que ocorreu aqui, são coisas já
passadas há muito tempo, e ressurgidas hoje como se tivesse
acontecido ontem”, disse em entrevista coletiva.
O elenco feminino do Corinthians publicou manifesto contra a contração
do Cuca, neste domingo (23).
A manifestação das jogadoras do Corinthians foi publicada quando o
cronômetro da partida entre Corinthians e Goiás, pelo campeonato
brasileiro masculino, apontou os 87 minutos. Uma c analogia ao ano em
que ocorreu o estupro. Todo o elenco feminino aderiu ao protesto.
Na sexta (21), um dia depois do anúncio da contratação, alguns grupos
organizados e coletivos participaram de um protesto no Centro de
Treinamento Joaquim Grava para exigir a saída do treinador.
Nos últimos dias, as redes sociais foram inundadas de mensagens contra
a permanência do treinador no clube.
Cuca foi condenado pela justiça suíça em 1989 por estupro de uma
criança de 13 anos. Segundo o advogado da vítima, Willi Egloff, diferente
da versão que o ex-treinador do Corinthians deu ao longo destes anos, a
menina reconheceu Cuca como um dos agressores.
Segundo Egloff, a análise do sêmen encontrado na garota constatou que
o então jogador do Grêmio participou do ato. O exame foi realizado pelo
Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna.
Na entrevista coletiva em que foi anunciado como técnico, no entanto,
Cuca alegou que não participou do estupro. “Iríamos jogar uma partida e
subiu uma menina para o quarto. O quarto que eu estava, com mais três
jogadores, um quarto duplo. Duas camas de casal, fazia um L. As
pessoas falam que houve um estupro. Houve acho que um ato sexual a
um vulnerável. E isso foi a pena que foi dada”, disse o ex-técnico.

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