Em delação, Mauro Cid afirma que Bolsonaro fez reunião com militares para avaliar golpe

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair
Bolsonaro,, afirmou em delação premiada à Polícia Federal que Bolsonaro se
reuniu, em 2022, com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de
seu governo para discutir detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para
uma intervenção militar.
A delação de Mauro Cid foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também garantiu a liberdade provisória
de Cid, que estava detido desde maio deste ano.
Os detalhes da delação foram divulgados pelo O Globo, e confirmadas pelo
Congresso em Foco. Segundo a delação à Polícia Federal, logo após o segundo
turno das eleições presidenciais em que saiu derrotado, o então presidente Jair
Bolsonaro recebeu de um assessor uma minuta de decreto para convocar novas
eleições, que incluía a prisão de adversários. O assessor que entregou a minuta,
segundo Cid, foi Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais do governo
Bolsonaro, réu por gesto racista.
De acordo com a delação, Mauro Cid afirmou que o então comandante da
Marinha, almirante Almir Garnier, manifestou-se favoravelmente ao plano golpista
durante as conversas de bastidores, mas não houve adesão do Alto Comando do
Exército.
O advogado de Mauro Cid, Cézar Bitencourt, afirmou ao Congresso em Foco que
não teve acesso aos depoimentos, uma vez que estão sob sigilo. “A defesa
constituída de MAURO CESAR BARBOSA CID, em razão das matérias citadas na
imprensa através da UOL e O GLOBO e demais veículos acerca de “possíveis
reuniões com a cúpula militar para avaliar golpe no país”, vem a público informar
que não tem os referidos depoimentos, que são sigilosos, e por essa mesma
razão não confirma seu conteúdo”.

Fonte: Congresso em Foco

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