Lula chora e define erradicar a fome como “missão de vida”

O presidente eleito Lula (PT) discursou nesta quinta-feira (10) com parlamentares
e aliados políticos no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, local
onde está sediada a equipe de transição de governo. Emocionado, o presidente
chorou ao falar sobre a volta da fome no país e se comprometeu a combatê-la em
seu mandato.
“Se quando eu terminar este mandato, cada brasileiro estiver tomando café,
estiver almoçando e estiver jantando, outra vez eu terei cumprido a missão da
vida”, afirmou Lula. Após aplausos, o presidente eleito pediu desculpas e afirmou
que “jamais esperava” que a fome “voltasse a este país”. “Quando deixei a
Presidência da República, imaginava que nos dez anos seguintes este Brasil
estaria igual à França, estaria igual à Inglaterra, teria evoluído do ponto de vista
das conquistas sociais”, acrescentou.
Lula afirmou que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) deve desculpas ao povo
brasileiro pela “quantidade de mentiras que falou”. “Vim visitar às instituições
para dizer que a partir de agora vocês vão ter paz”, destacou.
O presidente eleito também comentou sobre o relatório das Forças Armadas sobre
o resultado das eleições, divulgado nessa quarta-feira (9). “Não sei se o
presidente está doente. Ele deveria vir a TV pedir desculpa às Forças Armadas. As
Forças Armadas foram humilhadas apresentando relatório que não diz nada,
nada! Daquilo que tanto tempo ele acusou. Um presidente não pode mentir, não é
aceitável”, ressaltou.
Participaram do encontro o vice-presidente eleito e coordenador da equipe de
transição, Geraldo Alckmin (PSB), e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann
(PR). Lula descartou a possibilidade de que seu vice assumirá algum Ministério
em seu governo.
“Eu fiz questão de colocar o Alckmin como coordenador para que ninguém
pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro
porque é o vice-presidente”, destacou.

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