Reajuste do mínimo impacta até 54 milhões de brasileiros, diz Dieese

Uma entre quatro pessoas é beneficiada com o aumento do salário mínimo. Na
segunda (1), o governo do presidente Lula reajustou o piso para R$1.320. Quem
tem carteira assinada é impactado diretamente.

O reajuste do salário mínimo impacta cerca de 54 milhões de brasileiros, revela
estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos). O levantamento foi feito baseado nos dados de 2021 da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Na segunda (1), o governo Lula aumentou o salário mínimo para R$1.320. Em
janeiro, o piso ajustado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tinha era de
R$1.212. Um aumento real de 2,8%, descontada a inflação.
De acordo com o Dieese, com o reajuste, 25,4% da população será beneficiada
diretamente ou indiretamente.
Quem tem carteira assinada é impactado diretamente. São trabalhadores como
empregadas domésticas, servidores públicos, aposentados, pensionistas e os que
recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), assistência dada pelo
governo a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Na conta do órgão,
cerca de 22,731 milhões de pessoas.
“Os grupos diretamente impactados pelo salário mínimo são os empregados do
setor privado e público com carteira assinada (inclusive os trabalhadores
domésticos); os servidores públicos estatutários; e as pessoas que recebem
aposentadoria, pensão ou BPC, com valor igual ou inferior ao salário mínimo”, diz
o estudo.
Indiretamente, são 31,3 milhões de pessoas que têm alguém na família que
ganha o mínimo. “Os grupos indiretamente impactados são constituídos por
indivíduos que residem em domicílios onde existe, pelo menos, uma pessoa
diretamente impactada”, apontou o Dieese.

09/05/2023 – Mulheres contra mulheres: quem são as deputadas
que votaram contra a paridade salarial
O projeto de lei de paridade salarial entre mulheres e homens, aprovado
recentemente na Câmara, registrou dez votos contrários, à proposta vindos de
deputadas, em um movimento em que mulheres votaram contra uma proposta
que defende as próprias mulheres. A lista das deputadas que se manifestaram
contra a proposta é composta, basicamente, por parlamentares ligadas às pautas
conservadoras, e aliadas do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
Veja quem votou contra a proposta
– Julia Zanatta (PL-SC)
– Silvia Waiãpi (PL-AP)
– Chris Tonietto (PL-RJ)
– Caroline de Toni (PL-SC)
– Carla Zambelli (PL-SP)
– Bia Kicis (PL-DF)

– Rosângela Moro (União-SP)
– Dani Cunha (União-RJ)
– Adriana Ventura (Novo-SP)
– Any Ortiz (Cidadania-RS).
Assim como os votos femininos, os votos masculinos contrários ao projeto de lei
também vieram em grande maioria do PL. Ao todo, os parlamentares do PL
registraram 18 votos contra a proposta. Para a apreciação, o PL liberou os
parlamentares enquanto os outros blocos e partidos indicaram a aprovação da
matéria. A única exceção veio do Novo, que se posicionou inteiramente contrário.

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